A exploração sustentável do carvão poderá trazer desenvolvimento, através da geração de emprego e renda para Minas do Leão, na avaliação do prefeito Miguel Almeida. Ele participou na manhã desta sexta-feira, 15, no Palácio Piratini, do evento que marcou o lançamento do Polo Carboquímico no Estado, cujo projeto de lei está sendo encaminhado à Assembleia Legislativa. O Governo do Estado estima investimentos da ordem de US$ 4,4 bilhões para duas regiões, a da Campanha e do Baixo Jacuí, que abrange ascidades de Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, Eldorado do Sul, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo.
 

 

Conforme Almeida, o projeto prevê a exploração através de tecnologia moderna, o que causa um impacto bem menor no meio ambiente do que as antes utilizadas. Com grandes reservas de carvão, a cidade também poderá ganhar com a movimentação. Ao contrário do que ocorria no passado, lembrou ele, o carvão não tem hoje participação na arrecadação do município. Qualquer incremento dessa atividade poderá representar recursos extras para o município. "é um setor que está desacreditado e que agora poderá dar um retorno econômico para a região", sintetizou. 

 

Durante o lançamento, o governador José Ivo Sartori lembrou do potencial do Estado comparativamente ao Japão, que importa todo o carvão utilizado em suas usinas. "Pela primeira vez, o Estado tem um Plano Estadual de Energia, com parcerias da Fiergs e do sindicato dos mineradores e investidores já interessados. Do ponto de vista econômico e ambiental é uma ótima notícia para o Rio Grande do Sul", suscitou Sartori.

 

O lançamento do projeto contou com a presença de prefeitos da região, do presidente do BRDE, Odacir Klein, do secretário de Minas e Energia, Artur Lemos.

 

Sobre o projeto - O texto enviado à Assembleia Legislativa cria a Política Estadual do Carvão Mineral e institui o Polo Carboquímico. Prevê a produção de Gás Natural Sintético (GNS) a partir do carvão, potencializando o uso da produção gaúcha através da exploração sustentável e dando segurança para investidores interessados. O Rio Grande do Sul abriga cerca de 90% das reservas do Brasil. Os projetos a serem desenvolvidos no Estado somam investimentos na ordem de US$ 4,4 bilhões para a criação de usinas em duas regiões, no Baixo Jacuí e naCampanha. A primeira abrange Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, Eldorado do Sul, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo. A segunda, os municípios de Aceguá, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul.