Assim como há Outubro Rosa e o Novembro Azul para combater o câncer de mama e o de próstata, respectivamente, o nono mês do ano é destinado ao combate ao suicídio. Na manhã desta quarta-feira, 18, a Secretaria de Saúde promoveu uma ação, em alusão ao Setembro Amarelo, para tratar do tema. A ação foi realizada na sala de espera do Centro Municipal de Saúde e contou com a presença de enfermeiras, psicólogas e a música por conta de Franciele Job Garcia.

Em um primeiro momento, as profissionais conversaram sobre o tema de maneira geral e explicaram a importância da prevenção. Na sequência, a psicóloga Fernanda Costa Araújo relatou sobre a imposição em parecer bem, tirar boas fotos e postar nas redes sociais, mas que nem sempre as coisas são como parecem. Ela alertou para o fato de que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados se as pessoas tivessem sido escutadas e acolhidas corretamente. "Nós precisamos, sim, falar. Nós precisamos, sim, ouvir. Não é feio falar sobre isso", salienta.

De acordo com Fernanda, há iniciativas como o Centro de Valorização à Vida (CVV), por exemplo, que podem ajudar pessoas nessas situações. Além disso, a psicóloga também alertou para os problemas midiáticos em torno do assunto, que se dão, principalmente, por meio da romantização do suicídio. "Ninguém se mata porque é covarde. Ninguém se mata porque é corajoso. Quando isso acontece, é o maior ato de desespero que existe. Eu estou muito doente neste momento. E quando estou doente, preciso ser ajudado, não é verdade?", concluiu, ao que todos ao redor concordaram com pergunta.

A secretária de Saúde Jociane Puchpon alerta que iniciativas como a de falar sobre o tema mudam vidas. Conscientizar e prevenir, neste caso, sobre suicídio, passa a mensagem de que vale a pena viver e que todos merecem atenção e a comunicação para que isso seja percebido é de extrema importância. Para finalizar, disse que "os profissionais  de saúde estão disponíveis, acessíveis e são detentores de conhecimento e comprometimentos com a promoção de saúde e qualidade de vida".

Na ação, houve ainda uma atividade interativa com quem acompanhava as falas. Papéis com mensagens muito difundidas sobre depressão e suicídio continham afirmações e negações equivocadas sobre o tema. Ao fazer uma pessoa ler em voz alta a pergunta, as profissionais respondiam e explicavam a forma correta de tratar os assuntos. Isso se repetiu várias várias. Para finalizar, a música "é Preciso Saber Viver" foi tocada no violão e todos da sala de espera cantaram e bateram palma de acordo com a melodia da música.