Há alguns meses a segurança pública tem despontado como a maior preocupação dos gaúchos. Infelizmente, isso não é mais exclusividade das grandes e médias cidades. Moradores de pequenos municípios, como Minas do Leão, também passaram a sentir no seu dia a dia o avanço da criminalidade que não escolhe mais hora e local para ocorrer. Essa crescente onda de insegurança e os boatos de que o posto da Brigada Militar de Minas do Leão seria fechado foram tema de um encontro entre o prefeito Miguel Almeida e o secretário de Segurança Pública do RS, Cezar Schirmer.

Na audiência, o prefeito salientou a importância do posto da BM e da corporação no município. Falou, ainda, que na gestão passada a prefeitura se comprometeu a pagar as horas extras dos policiais militares, reduzidas pelo Estado, e que a burocracia até agora impediu a concretização da medida, que também é de interesse da atual administração municipal. Segundo o secretário, há impeditivos do Tribunal de Contas do Estado, mas o caso ainda está sob análise.

Segundo Schirmer, há muitos boatos acerca do fechamento de postos da Brigada Militar em cidades pequenas, mas, com a disseminação da criminalidade também para municípios de menor porte, a falta da presença da corporação poderia apresentar um risco ainda maior à população. "Vamos batalhar para a permanência deste posto na cidade e essa sinalização positiva do secretário nos deixa otimista. Também seremos parceiros nas ações que visem a melhoria das condições de trabalho dos PMs", comenta o prefeito Miguel que salienta, ainda, que a questão da segurança será tratada com especial atenção nesta gestão.

O deputado estadual Edson Brum, presente à reunião, encampou a solicitação do prefeito Miguel para a permanência do posto em Minas do Leão, afirmando que intermediará junto à Secretaria de Segurança o pedido.

O secretário ainda apontou medidas que podem ser adotadas pelas prefeituras que podem ajudar no combate à violência, como o cercamento eletrônico com câmeras de monitoramento e a própria iluminação pública. Afirmou que a falta de efetivo da Brigada é de conhecimento público e que o governo, estabelecendo segurança como sua maior prioridade, já está chamando brigadianos aprovados em concursos passados para fazerem parte da corporação, o que pode reforçar os municípios do Interior.